quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Sinto-me sinceramente perdida na terra que me viu nascer, na terra onde cresci, passei a minha adolescência e me transformei naquilo que sou hoje. Olha em volta e não me identifico com nada nem com ninguém e sinto-me triste por isso, sinto-me triste por tantos conhecimentos que travei e por ver que 90% deles caíram no esquecimento, não é que não me tenham avisado que isto ia acontecer mas eu, tal como a grande maioria das pessoas só acredito naquilo que vejo!
Mas o que me irrita ainda mais é ver o estado de abandono a que a minha cidade chegou, as pessoas que a frequentam, a quantidade de assaltos, as pessoas com mau aspecto que vejo constantemente, o medo que muitos têm em frequentar certos sítios, como em sair numa simples estação de comboios depois de um dia inteiro de trabalho.
Não percebo como é que as coisas chegam a este extremo e ninguém faz nada para se impor, para parar este tipo de situações.
Lembro-me de andar no liceu e adorar a minha terra e ai de quem me dissesse para sair daqui, será que as coisas mudaram assim tanto ou a ingenuidade da idade fazia com que as visse de uma maneira completamente oposta à realidade?
Acho que não era assim tão “tapada” a verdade é que por aquilo que vejo as coisas só têm mesmo tendência a piorar por aqui e não existe nada que possamos fazer para as mudar, eu pessoalmente tenho ambições que passam muita à frente desta terra e sonho com o dia em que saio daqui e vou para um sítio muito melhor que este onde pelo menos não conheça tudo o me rodeio e vá à conquista de coisas novas e acho que não vou sentir muitas saudades sinceramente, a menos que tudo isto dê uma grande reviravolta.
Este meu desabafo deve-se ao que aconteceu a semana passada na estação dos comboios, um confronto entre dois grupos rivais que resultou em dois feridos e numa quantidade de pessoas aterrorizadas que vinham calmamente para casa no final de um dia, aos indivíduos não aconteceu nada e muito provavelmente continuam a fazer as mesmas coisas e a reagir da mesma maneira, não entendo como é que não existe ninguém que ponha um travão a este tipo de delitos, ainda para mais cometidos por miúdos que nem maiores de idade são, se tudo lhes é permitido porque são crianças, acabamos por viver todos numa anarquia e que ganhe o mais forte.
A um mês das eleições espero sinceramente que “alguém” ponha em prática uma política mais forte que possa punir aqueles que merecem e beneficiar muitos que vivem em situações miseráveis sem qualquer apoio de ninguém e sobretudo que o nível de vida volte a subir, caso contrário em serei uma das muitas emigrantes por este mundo fora.

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